Fazer atividade física no sol pode melhorar sua dor ?
Sim, eu vou tentar te explicar como essa melhora acontece.
Segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, a exposição à luz solar durante o dia ajuda a regular a produção de melatonina. A luz solar ativa a glândula pineal, responsável pela produção de melatonina, ajudando a regular o ritmo circadiano e promovendo um sono de melhor qualidade à noite.
Outro estudo, publicado no Journal of Pineal Research, mostrou que a exposição à luz solar direta nos olhos, especialmente pela manhã, é essencial para estimular a produção de melatonina.
Baseado em outros artigos vemos os benefícios da atividade física na regulação do eixo HPA (eixo hipotálamo-hipófise-adrenal) e diminuição do estresse.
Segundo estudo publicado no Frontiers in Neuroendocrinology mostrou que a atividade física regular pode modular o eixo HPA.
Exercícios aeróbicos de intensidade moderada a alta foram associados a uma redução na resposta do eixo HPA ao estresse. Isso ocorre porque a atividade física estimula a liberação de endorfinas e outros neurotransmissores que ajudam a regular a resposta ao estresse.
Vários estudos têm demonstrado que a atividade física regular está associada a uma diminuição dos níveis de estresse.
Um outro estudo publicado no Journal of Sport and Exercise Psychology mostrou que a prática regular de exercícios físicos pode reduzir os sintomas de estresse e ansiedade. Isso ocorre porque a atividade física estimula a liberação de neurotransmissores, como as endorfinas, que têm efeitos positivos no humor e no bem-estar.
Existem evidências de uma relação entre a melhora do eixo HPA (eixo hipotálamo-hipófiseadrenal) e a liberação de melatonina.
A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, principalmente durante a noite, e desempenha um papel fundamental na regulação do sono. A sua produção é influenciada pela luz ambiente e pela melhoria da qualidade do sono. Estudos mostram que a liberação adequada de melatonina está associada a um sono de melhor qualidade e um ritmo circadiano saudável.
Existe uma influência recíproca entre a melatonina e o eixo HPA. Por um lado, a melatonina pode inibir a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, reduzindo assim a resposta ao estresse. Por outro lado, níveis elevados de cortisol podem inibir a produção de melatonina, afetando negativamente o sono e o ritmo circadiano.
O estresse crônico está associado a distúrbios do sono, como insônia e dificuldade em adormecer. A regulação adequada do eixo HPA e a liberação de melatonina desempenham um papel importante na redução do estresse e na promoção de um sono de qualidade.
É importante ressaltar que essas relações são complexas e ainda estão sendo estudadas em maior detalhe. No entanto, os resultados dos estudos científicos até o momento sugerem que a melhora do eixo HPA e a liberação de melatonina podem ter um impacto positivo na qualidade do sono e na resposta ao estresse.
Segundo o periódico Sleep Medicine Reviews, existe uma relação bidirecional entre o sono e a dor, onde a falta de sono pode levar a uma piora da dor e a presença de dor crônica pode afetar negativamente o sono. A privação do sono está associada a um aumento da sensibilidade à dor. Estudos mostraram que a falta de sono adequado pode levar a uma maior percepção de dor em indivíduos saudáveis e
em pacientes com dor crônica.
A privação do sono pode desencadear uma resposta inflamatória no organismo, o que pode contribuir para o agravamento da dor. A inflamação crônica está associada a várias condições dolorosas, como artrite, fibromialgia e dor lombar crônica.
A falta de sono pode afetar o processamento da dor no sistema nervoso central, levando a uma amplificação da dor e redução da capacidade de lidar com ela. Estudos de ressonância magnética funcional mostraram que a privação do sono pode alterar a atividade cerebral nas
regiões associadas à percepção da dor.
Por outro lado, a presença de dor crônica pode interferir no sono, levando a distúrbios como insônia, dificuldade em adormecer ou manter o sono e despertares frequentes durante a noite. A dor crônica pode afetar a qualidade do sono e levar a um ciclo vicioso de dor e falta de sono.
Vários neurotransmissores e hormônios, como a serotonina, noradrenalina e melatonina, desempenham um papel tanto na regulação do sono quanto na modulação da dor. Alterações nos níveis dessas substâncias podem contribuir para a relação entre sono e dor.
Portanto, a falta de sono adequado pode levar a uma piora da dor, enquanto a presença de dor crônica pode interferir no sono.
Dessa forma tudo se integra! É importante melhorar a qualidade do sono para melhorar a dor e para isso atividade física e exposição solar são essenciais para acabar com o ciclo vicioso da dor !!!